Quem é que gosta de ser abordado por aquelas pessoas à porta dos supermercados que nos pedem para lhes dispensarmos um minutos do nosso tempo?
Se for para ajudar, como pedem os voluntários do Banco Alimentar contra a Fome, pego no saco e vou fazer as compras. Acho um óptimo sistema, embora já tenha ouvido dizer que, nos armazéns, a data de validade de muitos desses alimentos por nós oferecidos acabam por expirar antes de eles chegarem às mãos de quem precisa.
O que mais me irrita são aqueles homens de fatinho que nos querem fazer aderir a um cartão de crédito e me pedem para "chegar ali, se faz favor". E confesso que nem tenho pachorra para lhes dizer que não.
O meu truque costuma ser ir colada às costas de uma pessoa qualquer, de forma a que eles lhe peçam a ela, mas não a mim, por estar demasiado perto e não dar tempo. Mas nem sempre há alguém a andar ao mesmo passo rápido a que eu costumo deslocar-me.
Hoje, porém, ocorreu-me uma muito melhor e que vai funcionar sempre, daqui para a frente: peguei no telemóvel e comecei a fingir que estava a falar com alguém... Senti-me bastante ridícula por ir a representar, e pareceu-me que se notava que era tudo a fingir, mas na verdade era só impressão minha. Foi remédio santo!
Está a ver, Fernando, que os telemóveis até são bem úteis?!
6 comentários:
Extraordinário!
Boa ideia! Vou comprar um de plástico. É mais barato e não corro o risco de receber chamadas...
Nunca me lembraria de tal ideia. Acho-a excelente. Está já adoptada por mim. Obrigado.
Desde que funcione, tudo bem. Mas pus-me logo a imaginar a cena se o telefone de repente tivesse tocado... ; ) Ou ias com ele apagado?
Inspirada pelas tuas análises anteriores também não pude deixar de pensar, porque será tão difícil dizer que não, delicadamente mas com convicção, a um estranho que não voltarás a ver e a quem não deves nada...
Não precisas de responder : )
A minha técnica é dizer «não, obrigado» de forma delicada e andar para a frente. Se depois do «não, obrigado» ainda disserem alguma coisa, ignoro-a. A partir do momento que digo «não, obrigado» acabou. Eu sou mesmo duro. :-)
Jaime
www.blog.jaimegaspar.com
Jaime e Vida de Praia, obrigada pelas vossas valiosíssimas intervenções. Dão-me que pensar...
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