07/02/08

Dia-a-dia

Anseio por trabalhar. A licença de maternidade acabou, mas os filhos continuam cá em casa, a precisar de ajuda, atenção, amor.
Olho-os nos olhos tantas vezes ao longo do dia e nunca me canso. Fixo-os e digo-lhes que são os meus grandes amores, que sou muito feliz com eles, que ser mãe deles é o melhor que me podia ter acontecido. Eles sorriem e fazem-me miminhos. É tão bom!
Mas apetece-me trabalhar. E muitas vezes não posso, porque trabalhar em casa só se consegue com muita disciplina e capacidade para ignorar os outros chamamentos, que nunca cessam.
Então, à mínima contrariedade, irrito-me.
Bolas! Não quero descarregar neles a minha frustração! Só quero poder trabalhar um pouco! E acontece uma coisa parva: quando me apercebo de que é inútil tentar dedicar-me ao trabalho no computador, em vez de me sentar no chão a brincar com os meus filhos, refugio-me na cozinha, a arrumar a loiça ou a cozinhar, como se gostasse!

3 comentários:

Pipa disse...

Coragem!
É mesmo assim... Comigo pelo menos...

Um beijo!

papel químico disse...

temos de combinar um jantar cá em casa para eu de dar umas aulas de laisser faire, laisser passer : )
só o cotão é que consegue tirar-me do sério ; )

Vida de Praia disse...

Mas refugiar-se na cozinha sempre é melhor (e menos pesado para a consciência?...) do que descarregar a frustração em cima dos putos, ou não?...
E o que há de odioso em ansiar por trabalhar depois de meses e meses de fraldas e noites mal dormidas? A meu ver nada, é apenas uma necessidade natural ;-)