16/05/07

ESCRITA COMPULSIVA

Já escrevi tanto neste e noutros blogues!

Quando me ponho a clicar nos meses anteriores e a descobrir todos os textos acumulados ao longo do tempo, desde 2004, fico surpreendida com a “verborreia” que já despejei para a blogosfera.

E quando penso que, como eu, há milhares (milhões?) de pessoas a fazer o mesmo, que também já aqui deixaram, para quem quiser ler, as suas reflexões, ideias, lamúrias, confissões, os seus desabafos, elogios, devaneios, sonhos... concluo que, provavelmente, nunca se escreveu tanto na história da humanidade como agora.

Paradoxalmente, talvez nunca se tenha escrito tão mal, tantos disparates e palavras tão inúteis. Ou não?

4 comentários:

Anónimo disse...

Esse «nunca se tenha escrito tão mal, tantos disparates e palavras tão inútei» é uma referência ao meu blogue? É que se não é, devia ser. :-)

Mais a sério, penso que quase sempre escrever um blogue tem uma utilidade. Para quem escreve para desabafar, o blogue é útil na medida que dá algum alívio. Quem escreve para contar aos amigos as façanhas com o sexo oposto tem no blogue uma ferramenta útil para se gabar. Podem ser pequenas utilidades, circunscritas a uma esfera de acção de pequeno raio, mas ainda assim são utilidades. Nem toda a utilidade tem o potencial de mudar o mundo. Excepto a do meu blogue, claro. :-)

Jaime
www.blog.jaimegaspar.com

Vida de Praia disse...

: )
Há-os de todos os géneros e uns melhor escritos do que outros, mas o que mais me fascina é a possibilidade que dá de nos exprimirmos através da escrita sem ter de pedir de joelhos a uma editora que nos publique; e de feedback momentâneo.
Continua a despejar as tuas palavras para a blogosfera, que delas gosto muito!

Dulce disse...

Faço minhas as palavras da Vidinha!

Anónimo disse...

É caso para meditar o facto de em Portugal existirem, salvo erro, vinte mulhões de blogues. O dobro da população portuguesa!
Claro que deve existir por aí muito lixo, o que não é o seu caso mas, apesar de tudo, parece-me bom que as pessoas, mesmo as menos dotadas ou esclarecidas, escrevam o que lhes apeteça. Mesmo correndo o risco de haver alguma desonestidade.
Bom ou mau, este fenómeno bloguista está a constituir uma forma de expressão popular que já ninguém controla. Está a tornar-se uma força, uma espécie de quinto poder que Balzac, se fosse vivo, decerto criticaria ferozmente...