A crise é uma doença permanente da humanidade no espaço e no tempo, e dela nos falam todos os documentos amontoados nos arquivos, toda a história literária, todas as obras de meditação nascidas do recolhimento do espírito e da observação das sociedades.
Rómulo de Carvalho, "Sobre o Estado Actual do Ensino da Física", Palestra, 37-39 (1970)
6 comentários:
Concordo que a crise é uma entidade omnipresente em todos os tempos, lugares e civilizações; mas não creio, como o sr. Rómulo, que seja uma doença propriamente dita, senão um estado de espírito e de alma, uma posição na vida com potencial para movimento e desenvolvimento, positivo ou negativo, na face de uma mudança repentina. Faz sentido?
Para mim, todo.Mas enquanto pessimista percebo que se lhe chame doença! :)
Estás a chamar pessimista ao sr. Rómulo de Carvalho? É que suspeito que, apesar de te esforçares continuamente para tentar dar a aparência de ser extremamente pessimista, no fundo, no fundo, até és uma optimista não assumida ; )
precisas de sair do armário
Acho que ninguém percebeu onde eu queria chegar com esta frase, porque ela está descontextualizada. Achei-a interessante, quando a li, porque no texto o autor explicava que a "crise" de que se falava no presente já existia no passado, não era novidade. Referia-se ao ensino e o mais curioso é que ainda hoje as suas palavras (de 1970) fazem todo o sentido.
Transcrevi apenas esta frase porque me pareceu mais abrangente. Mas a ideia era essa: a de que as pessoas tendem a achar que no seu tempo é que há crise, quando a crise é um mal do homem em qualquer época... para não dizer doença ;)
Estou mesmo a ver que não pescámos uma... entrei em crise ; )
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