19/08/06

ausência


A expectativa é enorme. Quando ela vai dormir a casa da avó, começo logo a pensar que vou ter horas intermináveis de paz e liberdade para descansar a cabeça e fazer só o que me apetece, nada mais. Tudo é finalmente possível! O que escolher, entre tantas opções?...
Mas assim que me vejo sem a minha filha, a tranquilidade tão desejada transforma-se num vazio sem graça, numa saudade quase dolorosa, como um ataque de comichão. Invariavelmente, sinto-me perdida. E acaba por não me apetecer fazer nada. O vazio é tão denso, que chego a pensar se conseguirei sobreviver quando ela um dia sair de casa. Tenho tanta vontade de voltar a abraçar a minha “bichinha gata”...

8 comentários:

Dulce disse...

Todas as mães dizem que é assim mesmo. Deixa lá. A tua Mecas breve breve está de volta.
Beijo.

Vida de Praia disse...

É paradoxal que muitas vezes o que mais se deseja acaba por resultar em fastio e desilusão. Entretanto espera por a Mecas chegar à puberdade e se tornar tão imbirrante como quase todas as teenagers e o caso muda de figura ; )

Anónimo disse...

Não estou tão certo do que diz a "vida de praia". Ou melhor, como a conheço, não a consigo ver embirrenta e difícil, de tão encantadora que é agora.
Esperemos. Talvez nessa altura ela tenha um blog e fiquemos esclarecidos...

Anónimo disse...

Portanto, queres e não queres. :-)

Jaime
www.blog.jaimegaspar.com

papel químico disse...

sim, a mecas é um doce! também não a consigo imaginar embirrenta. nem por sombras. percebo bem o que dizes, tikka. a maneira como estes bonequitos enchem a casa e o coração desafia a leis da física.

tikka masala disse...

Dulce, tens toda a razão. Acho que não há mãe (normal) que não se farte de aturar os filhos e que não morra de saudades deles quando não estão.
Vida de Praia, ela é tão precoce (:D)que já tem comportamentos embirrentos de teenager agora! Mesmo assim, não consigo viver sem ela...
Deprofundis, que não a atura e só a contempla é que pode pensar assim. Se quiser, empresto-lha por uns dias!
Jaime, é isso mesmo, filosófico qb.
Papel Qímico, vamos formar um clube?!

Anónimo disse...

Emprestar-me a Mecas? Nem assim acredito. Mas, se o fizesse, correria o risco de não a ver de volta. É que eu não me contento com valores partilhados.
Não tenho culpa de ter bom gosto...
(onde é que já ouvi isto?)

tikka masala disse...

Pensando bem, talvez não resultasse. Porque ela só é embirrenta e difícil comigo, que a estrago com mimos...