24/01/08

Bebé tirano


Ser mãe é definitivamente uma grande aventura.
Na maior parte das situações, sentimos que é uma aventura muito boa, apesar de sermos constantemente postas à prova e, sobretudo, de vivermos permanentemente cansadas.
Mas há uma sensação que me incomoda: sentir uma espécie de "medo" do meu bebé, aperceber-me de que ele comanda a minha rotina, concluir que sou uma escrava da dele.

(Não falo de extremos patéticos, de casos em que os pais fazem tudo o que os filhinhos querem e receiam dizer-lhes não, para que eles não façam uma birra interminável.)

Estou a falar do simples facto de andar com pezinhos de lã pela casa, quando ele adormece, sabendo que, se ele acordar, acabou o tempo para mim. Estou a falar de ter de cantar, dançar e sorrir constantemente enquanto ele come, só para que ele abra a boca. De ter de me conformar quando ele se recusa a dormir e me faz autênticas torturas de sono. De quando adormece profunda e angelicamente nos momentos em que preciso de o tirar da cama para sair de casa. De quando começa a palrar de noite, indiferente às horas e ao meu cansaço.

Mas perdoo-lhe essas malvadezas. Porque é apenas um bebé, uma coisinha inocente e querida. Espremo-o contra mim, cubro-o de beijos e palavras doces. E já não sei o que era viver sem ele.

5 comentários:

Vida de Praia disse...

E trabalhar não é sunjugar-se a tirania?
Pelo menos o bebé é teu - e é tão bom ;-)
Bjs.

Vida de Praia disse...

Ooops: subjugar-se...

tikka masala disse...

Eu, Vida de Praia, tenho a sorte de trabalhar por prazer! Mas entendo-te...

Vida de Praia disse...

Hmmm... com essa foto do bebé com cara de anjo, não convences ninguém a que é tirano ;-D

Anónimo disse...

Está lindo! E parece mesmo um anjinho a dormir! Bebé feliz...e pais também!
Bjs