A Susana sugeriu que eu talvez quisesse ajudar os outros, enquanto objectivo de vida. De facto, é uma intenção nobre, que toda a gente, sem excepção, deveria ter. Todos deveríamos sentir esse desejo intrínseco de colaborar no bem estar da humanidade, de querer darmo-nos, e não apenas receber, de querer favorecer também os desconhecidos, e não apenas aqueles que fazem parte do nosso pequeno círculo de familiares e amigos.
De repente, sinto-me culpada por não ter tido esses pensamentos. Por não ter contemplado objectivos altruístas na minha mente. Sinto-me envergonhada por só ter experimentado o voluntariado uma vez, algures no início dos anos 90, e nunca mais ter tido a iniciativa para repetir a experiência. E eu que até gostei de o ter feito!
Que inércia, que preguiça esta, que nos limita a cuidarmos dos nossos filhos e pouco mais... é o egoísmo natural das espécies, presumo. Mas o ser humano sabe mais, pode mais do que isso!
4 comentários:
Entendo o que queres dizer, mas é difícil sermos super-mulheres: falta-nos principalmente do dom da ubiquidade ou a capa voadora.
queria dizer o dom (e não do dom). Isto tem corrector ortográfico?
Para te ser franca, quando chego a casa do trabalho cansada, muitas vezes só penso: como é que as outras pessoas têm energia para terem e cuidarem de filhos????
Não creio que se trate portanto de egoismo ou falta de altruismo, mas talvez mais de falta de energia depois de cumprirmos todas as exigências do dia-a-dia...
O teu ponto de vista, além de ser sensato, agrada-me, porque me defende! Mas não posso fingir que não existem pais que ajudam os outros, além de darem atenção aos filhos. E como diz a Susana, há muitas coisas que se podem fazer: para todos os gostos e para todos os tipos de disponibilidade. O que eu nunca fiz até agora foi dar prioridade a isso.
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