Depois do almoço, a sesta da Mecas. Paz total para os adultos. Namorar apaixonadamente noutro lado da casa, na intimidade fresca das portadas fechadas. Dormitar, embalados pela letargia da tarde, da temperatura - dentro e fora do corpo.
Reanimar lentamente. Uma urgência suave, mas insistente: aproveitar o momento, simplesmente para me sentir estar ali.
Sair de casa de máquina fotográfica em punho e deambular lá fora, procurando ângulos novos, enquadramentos bonitos. Reconhecer que a casa é para sentir e não para levar na mala, recortada em fragmentos a duas dimensões.
4 comentários:
O melhor das férias é poder deixar-se levar pela vontade do momento e permitir que o tempo siga ao seu próprio passo sem lhe impingir urgências e programas definidos à priori.
Preciso de mais bocadinhos assim, de mais pausas cegas e surdas a obrigações e deveres durante todo o ano. E tu?
Não prescindiria jamais era de tirar fotografias - com a minha memória de peneira, que com o tempo se vai esbatendo como uma imagem exposta ao sol forte, é o que me vale e ajuda a reavivar as memórias.
Confesso que me custa muito abandonar-me à descontracção total. Quando não há preocupações, eu tenho tendência para as inventar. Mas Cramarinhos é um verdadeiro reformatório para pessoas como eu!
Como gostei de te ver descontraida.
Estou a pensar seriamente em irmos viver para Cramarinhos... só para ter ver descontraída.
Wallace
(o descontraído)
Sabes bem que eu morreria de tédio se não tivesse preocupações. A minha vida não faz sentido sem stress, esta é a triste verdade :(
Enviar um comentário