“Amar consistia em confiar absolutamente, ao ponto de se poder abandonar de encontro ao corpo da pessoa amada. Não era o sentimento que experimentava perante a mãe?”
Sérgio de Sousa, Trilha Encoberta, vol. III, Lisboa, Editorial Escritor, p.26.
Eis uma das marcas que distinguem um escritor maduro, quanto a mim: alguém que tem a ousadia de avançar com uma definição de um conceito tão explorado e ambíguo como o do amor. Alguém que, alvitrando essa síntese, consegue surpreender-nos, dizendo algo novo e acertado. A mim, pelo menos, pareceu-me assim.
6 comentários:
gostei do seu blog... força
http://andarilho2.blogs.sapo.pt/
Origada, Victor e Andarilho. É sempre bom ter visitas novas!
Sem dúvida, o amor é isso.
Eu acho que sim. E o mais curioso é que (no meu caso) se aplica a mãe, marido e filha!
Amor é fogo que arde sem se ver...
Amor é uma série de paradoxos que o nosso Poeta resume num dos sonetos mais belos da sua obra.
Mas Sérgio de Sousa não é poeta.
Daí a diferença: o poeta sonha, o prosador pensa...
Ora aí está um dito muitíssimo acertado e profundo. O senhor deprofundis não será, por acaso, um prosador dos bons?!!
Enviar um comentário