26/03/08

UFA!

Adoraria poder escrever aqui. Sinal de tranquilidade, de paz de espírito.
Mas há demasiados assuntos em cima da minha mesa: as aulas, o concurso que ando a organizar, a segunda edição do livro (em apenas um mês!!), o projecto do próximo, o Ciberdúvidas e ainda um convite para colaborar num programa de televisão. "Estás lançada!", dizem-me os amigos com entusiasmo. Só espero não ser lançada contra uma parede bem dura... :-S

Nunca fui ambiciosa, o dinheiro é sempre o motivo menos importante para aceitar um trabalho, não desejo a projecção social. Não quero chegar a nenhum desses lados aonde a maior parte das pessoas gostaria de ir parar. E, sobretudo, não quero sacrificar a minha vida pessoal, a minha relação com a família que amo, que é tudo para mim. Preciso de ter tempo para simplesmente contemplar os meus filhos e embevecer-me com eles. Para namorar, sempre que o hábito ameaça tornar-me numa de dois funcionários dos turnos domésticos e parentais aqui de casa!





12/03/08

Poesia

Quando escrevo um poema fico feliz.
Sinto que construí uma coisa bonita, que faz sentido e tem uma sonoridade agradável ao mesmo tempo. É a minha forma humilde de me tentar aproximar dos compositores, que conseguem escrever música.
Gosto de escrever seja o que for, mas os poemas são vivos, alegres, uma brincadeira. Mesmo que o tema seja pesado e triste, as palavras aligeiram-no com a beleza do seu ritmo. E o ritmo, para mim, é fundamental. Por isso não compreendo a poesia que soa como a prosa, que não tem rima nem musicalidade. Nem gosto. Um poema sem ritmo parece-me um equívoco: alguém se enganou e não escreveu até ao fim das linhas. Ou então uma traição: alguém quis roubar à poesia aquilo que ela tem de mais belo e característico.

04/03/08

Nostalgia de Kalkitos


Lembrei-me deles a propósito de um poema que estava a escrever sobre livros.
Nem sabia que tinham sido criados pela Gilette!
Andei a ver o que se dizia sobre eles na net e percebi que é mais uma das grandes criações dos anos 80, que desapareceram para sempre... se soubesse, teria guardado os poucos com que me entretive, alegre e inocentemente, sem desconfiar que estava a brincar com uma coisa que se transformaria em relíquia do passado. Mas é sempre assim, na infância. Não damos valor a nada, pensamos que tudo é para sempre.